SEM VERGONHA – A Prefeitura de Guarulhos cancelou a licitação para a compra dos tradicionais ovos de Páscoa que seriam distribuídos aos alunos da rede municipal. A decisão amarga chega pouco depois da atual gestão, comandada por Lucas Sanches, também anunciar que os uniformes escolares não seriam entregues neste início de ano letivo — e, mais uma vez, por causa dos rombos deixados pela administração anterior.

Desde que implementou a lei que prevê a entrega dos itens aos estudantes da rede pública municipal em 2022 — coincidentemente no período em que pretendia lançar o irmão como deputado federal —, a gestão Guti fazia questão de abrir os processos de compra no ano anterior ao da entrega. No entanto, em seu último ano de mandato, Guti parece ter “esquecido” estrategicamente de abrir o processo licitatório a tempo, dificultando o processo e a garantia da distribuição dos itens em 2025.

Outro ponto que chama atenção é que, apesar dos milhões gastos com a compra dos ovos de Páscoa nos anos anteriores, os produtos entregues tinham qualidade bastante questionável. Diversas reclamações de pais chegaram à imprensa, e o próprio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo fez apontamentos a respeito do sobrepreço dos itens, colocando em dúvida a lisura das contratações.

Mesmo diante de todos esses problemas, o ex-prefeito foi às redes sociais criticar a atual gestão pela não distribuição dos chocolates neste ano. Em sua publicação, chegou a exibir ovos de Páscoa vendidos por um supermercado, numa suposta tentativa de comparar os produtos com os itens distribuídos durante sua administração — que, como se sabe, foram alvo de diversas queixas pela qualidade e de auditorias por suspeitas de superfaturamento.

Para piorar, o TCE identificou irregularidades no edital para a compra de uniformes publicado no fim de 2024, bloqueando a aquisição. Ou seja, nem mesmo o processo licitatório dos uniformes conseguiu passar pelo crivo do TCE-SP, impedindo a atual administração de garantir o básico para os alunos.

Na prática, o legado de dívidas da gestão Guti chegou até as mesas (ou carteiras) das crianças. No fim do ano passado, a crise financeira já havia impactado a merenda escolar, que passou a ser servida com proteína em pó por causa do calote a fornecedores de carne.

Recentemente, o G7News revelou que os “restos a pagar” saltaram de R$ 352 mil em 2017 para R$ 193,4 milhões em 2024.

🐰Pais e professores se perguntam: onde foi parar tanto dinheiro?

***CONFIRA AS DATAS DOS PROCESSOS DE COMPRA NA GESTÃO GUTI

Créditos: G7